sexta-feira, 25 de maio de 2012
Saúde Pública: Mais que uma questão social, uma questão de ética
A maioria da população brasileira depende do sistema público de saúde e o SUS, apesar de ser um primoroso modelo em gestão de saúde, ainda está longe de ter sido implantado em sua totalidade. Por falta de recursos, por falta de vontade política, por falta de competência dos que comandam a saúde pública no Brasil.
Contudo, admito e reconheço alguns resultados importantes no Sistema de Saúde Pública, como o aumento da expectativa de vida, a melhoria da saúde materna, a redução da mortalidade infantil e o combate a epidemias. Mas ainda é muito pouco e parece um resultado inócuo ao cidadão que precisa utilizar as unidades de saúde básicas nos municípios brasileiros.
É claro que existem situações pontuais positivas. Existem, sim, gestores que realizam, que buscam alternativas e que, de fato, priorizam a saúde. E o povo os reconhece. Mas como falei no início, a intenção não é nominar, é mostrar de forma ampla e geral o desenho da saúde pública no Brasil.
(FOTO ENFERMEIRA CLARA DA FUSEC) E não é que 2012 começou com um plus a mais nessa luta por uma saúde pública mais digna, mais abrangente, mais humana e eficiente? Refiro-me a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que trouxe esse ano o tema “Fraternidade e Saúde Pública” para a Campanha da Fraternidade, cujo lema é “Que a saúde se difunda sobre a terra”, lançada no dia 22 de fevereiro.
Mas que, no geral, a saúde pública não vai bem, disso todos já sabemos. O que precisamos saber agora é o que os gestores estão fazendo para resolver isso? Estamos cobrando? Estamos escolhendo bem os que nos representam e têm nas mãos o poder da decisão? De nós o poder emana, e por nós deve ser exercido. Mas está sendo assim?
Há de se pensar que a maior chaga na saúde pública brasileira ainda é a corrupção. Ela tem sido a principal causa, por exemplo, da deficiência e ineficiência do atendimento nos hospitais brasileiros. Desvios de recursos públicos impedem a estruturação adequada do Sistema e seu pleno funcionamento. As denúncias estão aí em rede nacional.
Saúde pública é uma questão social, política e humana, mas, sobretudo, é uma questão de ética. Precisamos reclamar, exigir e tirar do poder os que não estão nos representando com dignidade, nem nos dando o devido retorno por estarem “deitados em berço esplêndido”.
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