sexta-feira, 7 de maio de 2010

Conselho Tutelar de Itapaje defende educação integral para retirar crianças e adolescentes das ruas

José Marcelino do Conselho Tutelar defende um projeto com educação integral para retirar crianças e adolescentes das ruas.
Na avaliação de José Marcelino, a única solução para esse problema é um projeto na escola, no Projeto ABC, no Clube do Projovem, na AABB ou em outro ambiente funcionando em tempo integral, oferecendo alimentação e atividades culturais e de lazer.
O Conselheiro José Marcelino defendeu, durante entrevista, que o Governo do Estado e a Prefeitura de Itapajé ofereçam educação integral como forma de retirar as crianças e adolescentes das ruas de Itapajé.
Ele disse estar indignado com o aumento no número de crianças e adolescentes nas ruas da cidade, pedindo esmolas para o consumo de drogas como o “crake”.
Na avaliação de Marcelino, a única solução para esse problema é a escola ou outros órgãos públicos funcionar em tempo integral, oferecendo alimentação e atividades culturais e de lazer. “Dessa forma, a criança e o adolescente chegariam em casa já alimentada, educada, banhada e preparada para dormir”, argumentou.
Ele defendeu ainda uma atuação mais firme do Ministério Público no sentido de obrigar o Poder Público a assegurar a educação e impedir que as crianças e adolescentes fiquem no meio da rua. Marcelino acredita ainda que é preciso rever alguns pontos da legislação brasileira, como, por exemplo, os que impedem o trabalho das crianças, mesmo que seja para ajudar os pais e em horário diferenciado do período escolar. “Se uma criança dessa está trabalhando em algum estabelecimento, a lei brasileira proíbe. Isso tem que ser repensado” defendeu Marcelino.
O Conselheiro afirmou que, se nada for feito de forma urgente, essas crianças e adolescentes vão se transformar nos bandidos do amanhã, contribuindo para aumentar ainda mais os níveis de violência. “Essa violência hoje é fruto da falta de políticas públicas no passado. Se queremos uma sociedade mais igual e menos violenta, temos que fazer algo hoje”.

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