segunda-feira, 17 de maio de 2010

Desde 2008 Itapajeenses se mobilizam pela construção da barragem do Ipu

Ocorreu no dia 22 de novembro de 2008, quinta-feira, no salão paroquial, em Itapajé, uma reunião entre as principais lideranças comunitárias e políticas de Itapajé. O objetivo do encontro foi discutir o problema da falta de água em nosso município. O ponto principal da reunião foi a insatisfação da população com as autoridades estaduais, pois no programa de combate à estiagem denominado “Plano de ações para convivência com a seca”, lançado pelo governador Cid Gomes, a cidade de Itapajé não foi contemplada com recursos para a construção de uma barragem para sanar o problema de falta de água. Com recursos orçamentários lotados em quase R$ 750 milhões, foram liberados recursos para a construção de vários açudes no ceará, inclusive do açude Gameleira em Itapipoca, que custará cerca de R$ 23 milhões e de um açude na cidade de Miraíma que além de já possuir um açude, conta com pouco mais de treze mil habitantes. Itapajé, que conta mais de quarenta e cinco mil moradores, no entanto foi contemplado apenas com recursos para ações paliativas.
Diante dessa situação o senhor Tarcísio Rocha, cidadão itapajeense, organizou a reunião acima citada para mobilizar a população em torno da causa da barragem Ipú. No evento ficou estabelecido que a sociedade civil organizada e lideranças políticas, em um movimento suprapartidário, organizariam um abaixo assinado que tem por meta conseguir a adesão de cinco a dez mil pessoas. O objetivo é sensibilizar o governo Cid Gomes para que seja incluído uma emenda ao orçamento do governo do Estado para o exercício orçamentário do ano que vem, para que nossa cidade seja contemplada com os recursos necessários da essa importante obra hídrica. A manifestação tem fundamentação nas palavras do próprio governador em que disse, quando por ocasião de sua visita a Itapajé, que se a barragem do sítio Ipú não fosse construída com recursos federais então seriam liberados recursos estaduais para a viabilização da obra.
Muito embora a administração pública municipal de Itapajé já tenha assinado convênio com o governo federal para a liberação de verba para a construção da obra, foi liberado até agora, através do Ministério da Integração Nacional, apenas a primeira parcela para a desapropriação das áreas a serem alagadas e indenização dos proprietários, recurso este que ainda está sob tutela do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca), não estando até esta data a disposição da prefeitura de Itapajé. O prazo para apresentação de emendas ao orçamento estadual de 2008 encerra-se dia 07 de dezembro, e se não for apresentado projeto de emenda de construção da barragem na localidade de sítio Ipú, em Itapajé, para a liberação de recursos até esta data, não será possível mais a liberação deste dinheiro em 2008.
Em entrevista concedida ao departamento de jornalismo da rádio Atitude FM, o líder do governo na Assembléia Legislativa, Deputado Nelson Martins, afirmou que o plano de ações para a convivência com a seca, embora seja um plano grandioso não poderia atender a todos os municípios, mas disse que a Assembléia e o governo estariam sensíveis às manifestações populares organizadas em torno de demandas justas e se prontificou a receber para uma reunião os líderes do movimento pró-barragem de Itapajé. Calcula-se que esta obra deverá custar algo em torno de sete ou oito milhões de reais.

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