terça-feira, 6 de julho de 2010

Coligações solicitam registro

Alguns partidos ainda ontem estavam juntando documentos dos seus candidatos para o pedido a ser feito ao TRE

A desorganização dos partidos políticos e coligações deu a tônica do último dia de prazo para a formalização dos pedidos de registro de candidaturas no Ceará. Até às 20 horas, representantes de pelo menos quatro partidos ou coligações ainda estavam na fila para a entrega da documentação dos seus candidatos das chapas majoritárias e proporcionais.

Também não funcionou como foi anunciado o sistema de divulgação pelo Tribunal Superior Eleitoral. Até as 21 horas apenas de três estados existiam informações na Internet sobre pedido de registro de candidaturas: uma do Ceará, a de Lúcio Alcântara (PR), quatro do Estado de Sergipe e uma do Rio Grande do Sul. Assim mesmo, com relação ao Ceará, não tinha o programa de Governo do candidato Lúcio Alcântara.

Como todas as coligações deixaram para apresentar as documentações no último dia do prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral, era previsto que houvesse um acúmulo de serviço na sede do Tribunal Regional Eleitoral. Além do tumulto, resultante do acúmulo, ficou clara também, a desorganização dos representantes partidários.

Chapas

Vários partidos ou coligações entregaram os pedidos de registro separadamente: primeiro de deputado estadual, em outro momento o de deputado federal e, por fim, da chapa majoritária, o que causou uma grande confusão para os jornalistas que acompanhavam a entrega dos pedidos e para os próprios servidores do TRE que faziam o recebimento. Algumas coligações alegaram que o sistema de cadastramento de dados do TSE passou boa parte do dia fora do ar.

A primeira chapa a registrar suas candidaturas foi a coligação PR-PPS. Foram entregues os pedidos de candidaturas majoritárias e proporcionais das legendas ainda pela manhã. Às 13h40min os dados já estavam lançados no sistema nacional do Tribunal Superior Eleitoral.

A chapa majoritária da coligação é composta pelo candidato a governador Lúcio Gonçalo de Alcântara (PR), vice-governador, Cláudio Henrique do Vale Vieira (PPS); senador, Alexandre Pereira da Silva (PPS).

Gastos

O teto de gastos estipulado para governador é de R$ 50 milhões, mesmo valor para a candidatura de senador. Para deputado estadual, o valor máximo é de R$ 2,5 milhões e deputado estadual, 1,25 milhão.

A ampla coligação que armou o governador Cid Gomes, em torno de seu nome, teve reduzido o número de partidos na última hora. Por conta do entendimento do TSE, de criar uma verticalização em termos de propaganda eleitoral, a coligação achou por bem não arriscar e todos aqueles que nacionalmente estavam em outras candidaturas que não a de Dilma Rousseff foram retirados.

Oficialmente, formam a coligação majoritária: PSB, PMDB, PT, PCdoB, PRB, PDT e PSC. Esta coligação será repetida para o cargo de deputado federal. Para deputado estadual, porém, foram formadas diversas coligações menores.

O valor máximo estipulado para governador é de R$ 39 milhões e R$ 10 milhões para Senador, para cada um dos sete partidos coligados.

Para deputado estadual, os aliados majoritariamente, se dividiram. PCdoB e PSC formaram coligação; PT, PSB, PMDB e PRB formaram outra. O PDT sairá com chapa pura.

Os partidos que não puderam participar da chapa majoritária, formaram uma coligação proporcional que apoiará a candidatura de Cid Gomes, informalmente: PHS, PSL PTN, PT do B, PTB, PRTB, PMN e PP.

A chapa PSDB-DEM entregou, ainda a tarde, o pedido de registro da chapa proporcional: Marcos Cals como candidato a governador; Pedro Fiuza, como vice, e Tasso Jereissati postulante a senador. Só foi homologado um nome para a disputa das duas vagas que o Ceará elegerá nas eleições deste ano.

A chapa se repete para deputado federal. Para estadual, entretanto, DEM e PSDB sairão com chapas puras. O primeiro com 30 candidatos, o segundo com 15 candidatos, podendo a lista ser acrescida de mais alguns nomes até agosto. Ambos estipularam gastos máximos de R$ 800 mil para cada candidato proporcional. A chapa majoritária prevê teto de R$ 30 milhões para governador e 8 milhões para senador.

Menos recursos

O PV terá chapa pura tanto para majoritária como para proporcional. Marcelo Silva é o candidato a governador; Aristides Braga é o vice; e Pedro Eduardo Lima o candidato ao Senado. Teto de gastos em 5 milhões para governador e R$ 3 milhões para senador.

O PSOL deu entrada no pedido de registro das suas chapas, já no fim do prazo. Soraya Tupinambá foi homologada como candidata ao Governo, assim como Eronilton Buriti, como candidato a vice e Marilene Torres postulante ao Senado. Será 6 candidatos a deputado federal e 26 postulantes a deputado estadual pela legenda. O gasto está estipulado em R$ 150 mil para a candidatura ao Governo, e R$ 100 mil para Senador.

O PSTU apresentou pedido para que Francisco Gonzaga seja o seu candidato ao Governo do Estado, e Nivânia Amâncio seja a candidata a vice-governadora. O partido terá também dois candidatos ao senado: Raquel Dias e Reginaldo Araújo.

PCB terá como postulante ao Governo do Estado, Maria da Natividade. O partido deu entrada também no pedido de registro da sua candidato a vice, Violeta Maria, e também terá dois senadores: Tarcísio Leitão e Benedito Viana. O teto de gastos para todos os cargos ficou em R$ 80 mil.

Programa

A legislação manda que os candidatos ao formularem o pedido de registro das candidaturas, também apresentem um programa de Governo. A falha de informação do Tribunal Superior Eleitoral não permitiu, até à noite de ontem, se ter acesso, via Internet, dos programas dos candidatos.

O candidato Lúcio Alcântara, o primeiro a pedir o registro ao TRE, no início da noite encaminhou às redações a cópia da sua proposta de Governo encaminhada ao TRE, destacando a participação popular na elaboração do plano de Governo.

Também não foram conhecidos o patrimônio de todos os candidatos. Lúcio Alcântara apresentou um patrimônio pouco superior a R$ 1 milhão, enquanto o seu candidato a vice-governador, Cláudio Vale, com 34 anos apresentou um quadro de bens e valores superior a R$ 12 milhões.

A coligação Para Fazer Brilhar o Ceará, encabeçada por Lúcio Alcântara, apresentou pedidos de registro para 36 candidatos a deputado estadual, e 14 candidatos a deputado federal. Na chapa de deputado federal, há quatro candidatos que buscam reeleição: Marcelo Teixeira, Gorete Pereira, Pastor Pedro Ribeiro e Vicente Arruda. A coligação ainda poderá indicar outros nomes.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

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