segunda-feira, 5 de julho de 2010

Colunista Edilmar Norões

Ser oposição

Diante do que ocorreu nas relações do PSDB do senador Tasso Jereissati com o PSB do governador Cid Gomes, não surpreende a mudança de postura da bancada tucana na Assembleia Legislativa. Se até então era justificável o apoio que vinha dando ao governo do Estado, a partir do momento em que houve o rompimento, com o consequente lançamento de candidato próprio por parte do PSDB, a cada partido caberia mesmo buscar rumos próprios, o que levou a que os deputados tucanos, mesmo chocando os que lembravam que até bem pouco eram governistas, passassem a investir contra a gestão Cid.

Jogo

Os que convivem com o dia-a-dia da política sabem que situações como a que levaram o PSDB e o PSB ao rompimento, por mais que outros segmentos da sociedade assim não entendam e não aceitem, fazem parte do jogo político.

Rota de colisão

Indiferentes, portanto, às reações contra ou a favor, o certo é que hoje no plenário da Assembleia a temperatura, apesar de climatizado, sobe na medida em que a tribuna é ocupada por tucanos e governistas.

Radicalizando

Até pelo natural ambiente que marca as campanhas políticas, na avaliação dos observadores, a tendência é que na Assembleia, oposicionistas e governistas marquem seus pronunciamentos num crescendo de posições radicalizantes.

Demitir e não demitir

Pelo que se ouviu de tucanos e cidistas, o PSDB não perderá os cargos que ocupa na administração estadual. Sob o argumento de que no exercício dessas funções cumprem rigorosamente o exigido pela causa pública e, ainda, porque quem os convidou, no caso o governador, é a quem cabe a iniciativa desse ato, o PSDB não vai orientar os seus filiados a pedirem demissão. Se, como se disse no PSB, o governador Cid não demite a título de perseguir politicamente, não haverá demissão.


Fonte: Joarnal Diário do Nordeste

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