I - Cleptocracia é um termo de origem grega, que significa, literalmente, “Estado governado por ladrões”. A cleptocracia ocorre quando uma nação deixa de ser governada por um Estado de Direito imparcial e passa a ser governada pelo poder de pessoas que conseguem transformar esse poder político em valor econômico, por diversos modos. O Estado passa a funcionar como uma máquina de extração de renda ilegal da sociedade. Quantas de nossas prefeituras não se transformaram em cleptocracias?!
II – Segundo relatório de governo da prefeitura de Itapajé, refrente ao ano de 2011, foram gastos R$ 1.943.474,27 em assistência social, cerca de 3,24% do orçamento municipal. Apesar disso, diariamente apelos à solidariedade popular vão ao ar nas emissoras de rádio do município. Os pedidos da população carente são de cadeiras de rodas, cestas básicas, leite, remédios, auxílio para realização de exames médicos, etc.
III – O velho Millôr dizia que culpar a televisão pela violência era o mesmo que culpar a janela pela paisagem. Me questiono se o pensamento do mestre também não valeria quando alguns culpam o rádio pela incompetência de certos prefeitos.
IV – Os apaniguados do paço municipal estão em polvorosa. Tudo porque o vigário teria manifestado aos mais próximos intenção de renunciar ao mandato diante das pressões da diocese e por conta de sua rejeição popular. Nem mesmo inauguração de calçamento de ponta de rua e carreata “feita com chapéu alheio” estão surtindo efeito. E para completar o vigário anda as voltas com a desaprovação de suas contas pelo TCM, relativas a 2005. Em reunião com seu staff o que o prefeito mais ouviu foram súplicas para não correr com a cela.
V – A cadeia pública de Itapajé, construída para abrigar 20 presos, conta hoje com uma população carcerária de 43 presos em regime fechado, 12 apenados em regime semiaberto e 13 em regime aberto. A Secretaria de Justiça do estado do Ceará aguarda doação de terreno pela prefeitura para construir um novo presídio fora dos limites urbanos da cidade e em consequência desativar a cadeia hoje em funcionamento.
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