segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CONVENÇÃO MUNICIPAL

CONVENÇÃO MUNICIPAL

Sei não, parece-me que o conceito da Convenção Municipal não foi muito bem assimilado no Partido.

Reparem que o PHS não adotou os diretórios; preferiu criar Comissões Executivas Municipais e obrigar à convocação, pelo menos semestral, de Convenções abertas a todos os filiados. Vimos, na figura do membro do Diretório, um filiado de primeira classe; ele, e seus pares, participam das decisões. Aos demais, pois é oferecido o limbo. No PHS, esse procedimento é impensável.

Por que alguém, sem estar motivado pelo grande incentivo de ser candidato a vereador, iria se filiar a um partido? Não vejo outro motivo que não seja a vontade de participar na vida política de sua cidade. Filiado ao PHS, e sabendo que ocorrem Convenções pelo menos a cada semestre, e que os dirigentes, conselheiros, delegados e mandatários estão obrigados a comparecer para prestar contas e se colocar ao dispor do Plenário, o cidadão tem o direito de achar que ouvirá e será ouvido.

Nosso Estatuto assim o afirma, nossos Cursos ressaltam essa razão de ser.

Realizar uma Convenção não é bicho de sete cabeças. É até tarefa amena e sem custos. Nada impede que sejam feitas a cada trimestre ou bimestre. Se realizadas em local público, na Câmara Municipal por exemplo, são oportunidade de divulgação da vida ativa da Municipal. Pode-se convidar autoridades, palestrantes, especialistas em transportes coletivos ou administração pública, dirigentes de co-irmãos, lideranças da Sociedade Civil, e ainda por cima colocar releases e fotos na Imprensa.

Basta colocar um edital de convocação no Informativo do mês anterior (custa 10 reais) para informação do fato ao Brasil, e chamar os filiados por todos os meios locais. O custo da festa é, praticamente, zero.

Mas, mesmo assim, as Municipais detestam convocar Convenções; penso que os dirigentes temem a participação, como se essa visão fosse admissível no PHS.

As Convenções, quando convocadas com certa frequência, ensinam a todos a arte da participação ordeira. Pautas bem preparadas, pontualidade, oportunidade de rever os companheiros e companheiras, cobrança das mensalidades que permitem a cada um ver-se como dono do Partido (o que de fato é, junto com mais 107.999 outros filiados), ouvir falar sobre o temário julgado relevante pelos dirigentes, praticar o PHS, ver que aqui não hesitamos em dobrar o joelho quando cabível para nunca nos submetermos quando inconveniente. As Convenções Municipais devem ser vistas como festas cívicas, cultivadas com o máximo respeito e carinho pela Executiva municipal.

Não se confunda "festa cívica" com auê, comício, bagunça. Os tambores, reco-recos, cornetas e faixas louvando futuros candidatos à vereança, não têm o que fazer numa Convenção bem organizada, que tem pauta e ata, mesa e votações. Atos políticos de rua são uma coisa, e Convenções são outra coisa.

Agora me digam: como podemos manter Municipais que nunca realizam Convenções?

Philippe Guédon

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