Depois de anos de espera, os itapajeenses veem se concretizando uma grande e importante obra: a Barragem do Ipu. Muitos foram os que contribuíram para que essa obra saísse. Graças a Deus, saiu. Domingo dia 04/09 foi celebrada uma missa no local, em agradecimento e para pedir bênçãos a Deus. Muitos fiéis participaram da oração. Aproveitando o momento, não seria hora também de, juntos, pedirmos em oração por outras obras e serviços básicos? Tão carentes de melhorias, como os existentes nas áreas da educação e da saúde, por exemplo? Como a Igreja Católica, enquanto instituição, não tem bandeira partidária e, para que não paire nenhuma dúvida quanto à sua imparcialidade diante do fato de ter um de seus sacerdotes inserido na política partidária local, não seria oportuno e justo, depois de agradecermos pelo que já foi feito, clamarmos por melhorias nessas áreas e por aquilo que ainda não foi feito? De lembrarmos-nos das promessas de campanha não cumpridas? Para depois de agradecermos a Deus, pedirmos que nos liberte de todo tipo de opressão, omissão e de corrupção por parte de governantes? Para pedir a Deus que abençoe às nossas autoridades e a seu povo também? Nossa intenção, entenda-se, não é a busca de uma celebração com objetivos antagônicos àquela, politicamente falando. Mas de despertar nos leitores (cristãos) a consciência de que devemos rezar sim, em agradecimento a Deus pela obra da barragem. Que podemos elogiar e parabenizar os administradores em cuja gestão ela saiu e que também deram sua parcela de contribuição. Sem, no entanto, esquecermos de exigir dos gestores a oferta de serviços básicos e de qualidade a que temos direito; de cobrarmos o cumprimento de promessas. De exigirmos honestidade no trato com o dinheiro público. Ressalto que não tenho dúvidas quanto à seriedade e imparcialidade de nosso pároco na condução do rebanho para o Reino de Deus. Porém muitas ovelhas apelam para, em momentos como esse, buscarem e disseminarem a promoção administrativa; outras, aplaudem as evidentes investidas que buscam a auto-promoção, em eventos religiosos inclusive; e o restante do rebanho, sem saber bem do que se trata, é levado a crer que tudo aquilo e somente aquilo é a verdade. Com isso, não concordo. Termino me desculpando por não ter sido sucinto. E pedindo a Deus que abençoe às nossas autoridades. As atuais e as que estão por vir.
Idelmar da Silva Magalhães
Fonte: http://www.blogdomardem.blogspot.com/
Agradeço, Marcelo, pela credibilidade conferida às nossas palavras.
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