O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou nesta sexta-feira (17) a possibilidade de vir a ocupar cargos de direção em organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Mercosul, e disse que “já não precisa mais de cargo”.
“Eu posso contribuir sem ter cargo. Eu já não preciso mais de cargo, preciso apenas de uma motivação e a motivação é a necessidade que nós temos de evolução da nossa querida América Latina”, disse Lula após o encerramento da Cúpula de chefes de Estado do Mercosul, em Foz do Iguaçu (PR).
A entrevista coletiva foi realizada logo após a sessão de cúpula, que encerrou o encontro e marcou o fim da presidência temporária do Brasil à frente do bloco e o fim do mandato de oito anos de Lula. Durante a reunião, os presidentes afagaram o presidente brasileiro, elogiaram seu "legado" e destacaram sua liderança no bloco. O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que Lula “merece” ser secretário-geral da ONU.
Ao ser questionado pelos jornalistas sobre a declaração de Morales, Lula afastou esta possibilidade. “Esta coisa a gente não reivindica, esta coisa a gente não pede e essa coisa a gente não articula. A ONU tem que ser dirigida por um técnico competente da ONU. Não pode ter um político forte na ONU porque ele não pode ser mais forte que os presidentes dos países”, respondeu.
Em seguida, disse que o cargo deve ser ocupado por um funcionário do órgão. “Fico meio preocupado porque, se virar moda presidentes de países presidirem a ONU, daqui a pouco os Estados Unidos estão disputando, além do Conselho de Segurança, também o controle das Nações Unidas e aí fica tudo mais difícil.”
Lula voltou a dizer que pretende levar as experiências de políticas sociais do Brasil para a África e a América Latina e afirmou que pretende contribuir para “organizar politicamente os partidos da América Latina”.
Fonte: http://g1.globo.com
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