sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Danilo Forte nega relação

O deputado federal eleito Danilo Forte (PMDB) negou ontem que tenha qualquer envolvimento com as irregularidades identificadas na Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O órgão é vinculado ao Ministério da Saúde e foi presidido pelo cearense de março de 2007 a abril de 2010, quando renunciou para se candidatar à Câmara.

Segundo Forte, os desvios da ordem de R$ 488,5 milhões, ocorridos de 2007 a 2010, foram investigados em sua gestão, resultando em mais de 160 processos internos. Ele próprio teria demitido mais de 30 servidores, além de exonerações e outras punições.

“Pode haver irregularidades por parte de servidores da Funasa e pelas prefeituras e ONGs”, que recebem recursos do órgão, disse. Segundo Forte, sua gestão foi responsável por baixar uma portaria normatizando essas transferências.

Reportagem veiculada segunda-feira na Folha de São Paulo associa Forte às irregularidades apontadas pela Controladoria Geral da União (CGU) na Funasa. Na contramão do que foi noticiado pelo jornal paulista, Forte diz que as denúncias partiram da própria Funasa e foram encaminhadas à CGU e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo a matéria da Folha, as denúncias teriam motivado o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a pedir a demissão de Danilo Forte. Mas o cearense afirma que o ministro tentou demiti-lo por “desavenças pragmáticas e administrativas”, uma vez, segundo Danilo, porque Temporão queria emplacar para a presidência da Funasa seu aliado Oscar Berro.

Mesmo pressionado por Temporão, Forte foi mantido pela força política do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).

Em sua página no Twitter, Alves defendeu ontem a inocência de Forte sobre o caso, lembrando que o cearense teve suas contas de gestão de 2007, 2008 e 2009 aprovadas pela CGU e o TCU. “Se alguma irregularidade houvesse, (...) as contas de Dr. Danilo não teriam sido aprovadas integralmente”, alegou.

ENTENDA A NOTÍCIA

O ex-presidente da Funasa, Danilo Forte, foi indicado ao cargo pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). A contragosto do ex-ministro da Saúde, Gomes Temporão, o PMDB comanda o órgão desde o Governo Lula.

Robson Braga - robsonbraga@opovo.com.br

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